Para José Jorge, crise elétrica está ‘nas mãos de Deus’

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge, disse nesta quarta-feira, 12, que a solução para a crise no setor elétrico está “nas mãos de Deus”. “Estamos nas mãos de Deus. São Pedro, sozinho, não vai conseguir resolver o problema”, disse, em seu discurso de despedida do órgão.

Para José Jorge, que foi ministro de Minas e Energia nos anos de 2001 e 2002, a situação do setor elétrico atualmente é pior que a da época em que comandou o setor, quando foi decretado o racionamento de energia.

“Eis a situação do setor elétrico. Empresas completamente desequilibradas do ponto de vista financeiro, reservatórios vazios, redução de tarifa anulada e grandes dívidas a serem pagas pelos consumidores e contribuintes”, afirmou.

Petrobras

O ministro disse ainda que considera “triste” a situação a que chegou a Petrobras. “Quanto à Petrobras, não preciso dizer muita coisa. É triste ver a situação a que chegou a companhia. Além de ser utilizada, indevidamente, como instrumento de contenção da inflação, por meio do represamento do preço dos combustíveis, foi vítima de desvio e má gestão”, declarou.

José Jorge disse que a operação que resultou na compra da refinaria de Pasadena foi “desastrada e fraudulenta”. “Personagens ligados a essa operação estão se livrando de seus bens ou tornando inalcançáveis à Justiça”, disse.

Como completou 70 anos, o ministro terá de se aposentar compulsoriamente. José Jorge disse, no entanto, que vai continuar a trabalhar. “Gostaria de continuar trabalhando e é o que farei. Não uso bengala nem estou doente, portanto não tenho nenhuma razão para eu parar de trabalhar”, afirmou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo