Para Ipea, é preciso adequar cursos de formação profissional

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, avaliou que os resultados do estudo sobre o mercado de trabalho, chamado Mapa do Emprego, apontam a necessidade de se adequar a oferta de trabalho formal à demanda das empresas. Segundo Pochmann, os dados divulgados hoje são ainda preliminares, porque o Ipea pretende aprofundar essa linha de investigação, a partir da perspectiva de planejamento das necessidades futuras do mercado de trabalho. "Não temos tradição em fazer investigações projetadas para frente, mas sim olhando pelo retrovisor, em relação à oferta de cursos profissionais", afirmou.

O presidente do Ipea disse que o País, hoje, vive um paradoxo, pois sobram vagas em alguns setores, num cenário em que há milhares de desempregados. A avaliação de Pochmann é que o Brasil precisa ajustar seus cursos de formação técnica e profissional; ajustar o seu sistema de intermediação de mão-de-obra, os chamados Sines (Sistema de Intermediação Nacional de Empregos) e ajustar a demanda para melhor absorção dos poucos profissionais qualificados que estão sendo formados.

Pochmann criticou as ações de algumas empresas, que estão importando mão-de-obra para os seus projetos. "Temos um contingente de 9 milhões de trabalhadores disponíveis, que precisam ser retreinados para serem absorvidos pelo mercado. "Falar em importação nessas condições é absurdo", afirmou Pochmann, embora tenha reconhecido, durante a entrevista à imprensa, que as empresas tenham o direito de buscar saídas para não barrar o crescimento com a falta de mão-de-obra.

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