O setor de serviços ainda não apresenta uma trajetória de recuperação clara, afirmou Rodrigo Lobo, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O volume de serviços prestados recuou 1,9% na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018. Na comparação com janeiro do ano passado, houve redução de 1,3%, após o avanço de 0,6% registrado no mês anterior. “O setor de serviços é mais lento na resposta à recuperação da atividade econômica. São diversos fatores que precisam estar crescendo ou favoráveis pra justificar um aumento no volume dos serviços”, explicou Lobo.

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Segundo ele, as expectativas dos empresários tem que estar alinhadas com um ambiente de crescimento econômico, em um ambiente político mais estável, que incentive investimentos. Lobo citou ainda que a indústria precisaria de uma com recuperação “mais duradoura e confiável”, acompanhada de uma retomada também do comércio.

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“Nem nos serviços prestados às famílias, esse pequeno aumento da renda e redução incipiente do desemprego não são suficientes para gerar uma reversão nessa atividade”, completou Lobo.

Em relação a janeiro de 2017, houve perdas nos segmentos de Serviços de comunicação e informação (-5,0%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,3%); e Serviços prestados às famílias (-2,9%). Por outro lado, avançaram os segmentos de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,0%) e de Outros serviços (2,5%).

A taxa acumulada em 12 meses passou de uma queda de 2,8% em dezembro para redução de 2,7% em janeiro.

“Esse indicador mantém a trajetória ascendente iniciada em abril do ano passado, mas essa trajetória ocorre em função de taxas negativas menos intensas, do que propriamente uma sequência de taxas positivas”, lembrou Lobo.