Para Holland, crise pegou o Brasil muito bem preparado

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, declarou na terça-feira que a agenda do investimento “já está colocada no Brasil”. Ele destacou que o problema nos Estados Unidos é justamente a dificuldade em recuperar o consumo interno. Ele participou de um seminário sobre os desafios da indústria brasileira frente à competitividade internacional, que acontece em auditório da Câmara dos Deputados, na capital federal.

“Curiosamente, sem querer demonstrar otimismo excessivo e irresponsável, mas neste momento é preciso ter noção do papel do Brasil nesta crise. Por mais severa e profunda, esta crise pegou o Brasil muito bem preparado”, defendeu. “Nós já estamos há quatro anos nesta dificuldade internacional e o mercado de trabalho no Brasil tem apresentado de forma continuada neste período dinamismo extraordinário”, completou.

Ele disse que ainda houve a manutenção dos programas sociais no Brasil, com promoção da redução da desigualdade de renda. “Todo o programa social de redução de nível de pobreza e de equilíbrio macroeconômico está passando com tranquilidade e solidez. Nós estamos com equilíbrio macroeconômico melhor que dez anos atrás.”

Holland destacou que a taxa de inflação está controlada e há redução das taxas de juros. “Um trabalho exímio do BC desde agosto do ano passado, com uma visão para frente. Claramente uma visão de desenvolvimento.”

Além disso, o secretário disse que a taxa de câmbio “está se reposicionando” graças a uma intervenção do governo e uma leve ajuda da situação na Europa. Uma semana atrás, o dólar voltou a cravar a marca de R$ 2,00 e desde então a cotação tem girado em torno desse patamar.

Holland disse que o Brasil está mais preparado para um novo ciclo de crescimento. “Hoje a nossa discussão é como alavancar investimento, como melhorar e reduzir o custo de logística do país e recuperar a competitividade e como fazer inovação e avançar na educação. Acho isso algo ímpar. Isso tudo em período curto. No início de 2000, não imaginávamos estar discutindo isso.”

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