Para fundo, é preciso forte fluxo externo, afirma Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reagiu aos críticos do fundo soberano que afirmam que o País, para criá-lo, deveria ter conseguido primeiro o superávit primário nominal nas contas públicas. Confrontado com o fato de que os países que criaram fundo soberano são os que possuem superávit nominal, Mantega afirmou: "A definição não é essa. A definição é de que é preciso ter forte fluxo externo e uma boa situação de balanço de pagamentos.

Segundo o ministro, o Brasil está hoje em situação confortável em relação ao balanço de pagamentos. "Temos um saldo elevado de balanço de pagamentos. Entra muito mais capital do que sai do Brasil", disse. Acrescentou que o País tem excedentes primários nas suas contas e terá, "em breve", recursos petrolíferos adicionais.

Mantega foi questionado sobre os motivos pelos quais o governo não utilizava o excedente do superávit primário para abater a dívida pública. "O superávit primário foi desenhado de modo a reduzir a dívida. Estamos fazendo as duas coisas", respondeu. "Esse fundo praticamente equivale a reservas. São reservas que o País tem. São reservas primárias, mais fortes que as reservas monetárias que nós temos.

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