Para FMI, fundo de resgate precisa acalmar mercados

O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), David Hawley, disse hoje que a União Europeia precisa assegurar que seu programa emergencial de assistência financeira “tenha recursos suficientes e possa aplicá-los de maneira flexível, para dar apoio efetivo” e para acalmar mercados nervosos. “Se isso será alcançado por meio da elevação do nível total dos recursos ou pelo uso mais eficiente dos recursos existentes, é assunto para os europeus”, acrescentou.

Enfrentando a oposição da Alemanha, o governo dos EUA e a Comissão Europeia estão pressionando para que o Programa Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) seja acionado antes de um país em crise perder acesso ao mercado para financiar sua dívida soberana. Uma das propostas é permitir que o EFSF seja usado para comprar bônus de um país antes da eclosão da crise.

Embora leilões recentes de bônus da Espanha e de Portugal para a rolagem de dívidas que vencem nos próximos meses tenham sido mais bem sucedidos do que se esperava, os prêmios de risco elevados evidenciam temores de que os dois países possam ser obrigados a recorrer aos recursos do fundo europeu de socorro.

Uma das opções do FMI seria o uso de um novo programa – a linha de crédito preventiva -, que permitiria que um país que tenha uma política fiscal relativamente saudável possa evitar a necessidade de um socorro pós-crise. Hawley se recusou a responder se algum país já pediu acesso a essa linha de crédito.

O porta-voz também disse que os juros sobre os empréstimos emergenciais feitos pelo FMI à Irlanda deverão cair como resultado de uma parte do processo de reestruturação da governança do fundo. Um novo método de cálculo da contribuição de cada país para o FMI está sendo usado, o que deverá levar a um ajuste para baixo nos juros pagos pela Irlanda. Hawley não deu números exatos.

Ele também afirmou que não é do interesse da Grécia reestruturar sua dívida, como muitos economistas consideram inevitável. Em vez disso, o FMI apoiaria uma prorrogação dos empréstimos ao país. As informações são da Dow Jones.

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