economia

Para especialistas, Brasil precisa pensar nova estratégia diplomática

A necessidade de o País pensar uma nova estratégia de diplomacia é consenso entre o ex-chanceler Celso Lafer, o diplomata Rubens Barbosa e a economista Lídia Goldenstein. Os três são convidados do “Fórum Estadão Reconstrução do Brasil”.

“É importante termos um sentido de direção”, disse Lafer nesta quarta-feira, 25, citando o recente artigo do chanceler Aloysio Nunes ao jornal O Estado de S. Paulo. Para o ex-ministro, o governo de Michel Temer e o Itamaraty estão se empenhando em “damage control (controle de danos) da era lulista”.

A economista também citou o artigo de Nunes, mas criticou o fato de que a estratégia proposta pelo chanceler segue isolada, sem uma interlocução com setores da economia. “Nós voltamos ao Fla Flu, voltamos a limitar nossa discussão a temas muito específicos, que são fundamentais, longe de mim dizer que a questão do déficit público não é fundamental, mas se não tiver uma estratégia de crescimento, a gente resolve o déficit público hoje e amanhã nós vamos ter outra crise”, pontuou.

Já Barbosa avalia que serão necessários esforços para “tirar o País do atraso” dos últimos três anos e o Itamaraty precisa ser “modernizado e revigorado”. Para isso, avalia que o Brasil deve “defender os interesses nacionais acima de tudo”, ao contrário do passado, quando a solidariedade era uma das principais agenda das relações externas.

Os três intelectuais participam do painel “O papel do Brasil no mundo”, do Fórum Estadão, que acontece em São Paulo nesta quarta, com a mediação da jornalista Eliane Catanhêde. O evento ocorre em parceria e no auditório do Unibes Cultural, com apoio do Centro de Liderança Pública (CLP).

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