Rio de Janeiro – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) ficou aquém das expectativas do mercado e, inclusive, do próprio governo, disse nesta quarta-feira (13) o economista Rogério Sobreira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele destacou que se o resultado fosse anualizado, o crescimento ficaria em 3,2% e, portanto, abaixo dos 4,5% a 5% previstos pelo governo para este ano.
De acordo com os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 4,3% no primeiro trimestre, comparado a igual período do ano passado, e 0,8% em relação ao trimestre imediamente anterior.
?O primeiro trimestre não foi o ideal, não foi o esperado, mas ainda se tem a perspectiva de uma recuperação nos outros três trimestres do ano. Acredito que, por força disso, as repercussões socioeconômicas não tenham sido tão negativas quanto se essa fosse a taxa do terceiro trimestre, por exemplo", analisou Sobreira.
Para o economista, ninguém, ?em sã consciência?, espera que os próximos trimestres apresentem taxa de crescimento tão baixa quanto a do primeiro. ?Espera-se uma recuperação", disse, e citou o setor de serviços, que apresentou crescimento de 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2006 e de 1,7% sobre o último trimestre do ano passado.
Ele destacou que "as sinalizações de que, de fato, vai haver crescimento maior do PIB estão associadas ao horizonte de queda na taxa de juros".