Trocas entre Brasil e UE sobem 238%, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 24, durante discurso no encontro empresarial Brasil-União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, que a crescente maturidade das relações entre Brasil e os países europeus tem se refletido nos investimentos. “De 2002 a 2013, as trocas comerciais entre Brasil e União Europeia aumentaram 238%”, afirmou, destacando que boa parte desse crescimento ocorreu em plena crise mundial.
Segundo a presidente, as negociações para um acordo de livre comércio entre Mercosul e UE são promissoras e muito importantes para o Brasil e para a Europa. Dilma voltou a afirmar que a crise financeira mundial está sendo deixada para trás. “A fase mais aguda da crise está sendo superada”, afirmou.
Dilma destacou o papel protagonista dos países emergentes no processo de retomada do crescimento mundial. “O Brasil tem condições de contribuir ainda mais para fortalecimento da economia mundial”, reforçou. Segundo ela, o seu governo tem “o compromisso com o tripé” econômico – câmbio flutuante, superávit fiscal e meta de inflação.
A presidente repetiu números do desenvolvimento do Brasil e exaltou ainda a ascensão de 42 milhões de brasileiros à classe média e a geração de 4,5 milhões de empregos entre 2011 e 2013. “O Brasil vem experimentando profunda transformação social nos últimos anos”, disse. Segundo Dilma, o País está se tornando uma nação “dominantemente de classe média”. “De 2003 a 2012, a classe média no Brasil passou de 37% para 55% da população”, reforçou.
Dilma destacou ainda que a renda per capita dos brasileiros cresceu 78% entre 2003 e 2012 e afirmou que o Brasil criou nos últimos anos um mercado interno de consumo de massa. “Ainda podemos desenvolver mais”, afirmou.
Democracia
Ainda durante seu discurso, Dilma disse que as manifestações de junho do ano passado no Brasil fazem parte de um processo “de maturidade do País”. “Quanto maior o acesso e mais consciência de seus direitos, mais o cidadão vai exigir”, destacou.
Segundo a presidente, “quem tem, quer sempre mais”. “As manifestações são parte indissociável no processo de democracia e inclusão”, afirmou. Dilma destacou ainda a resposta de seu governo frente aos protestos. “Nós não tivemos atitude de repressão, porque consideramos que elas fazem parte da maturidade de nosso País”, afirmou.