Os investimentos em energia abrem oportunidades de desenvolvimento para o Brasil, disse o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, em discurso na abertura do XXVI Fórum Nacional, no Rio. “O ciclo de investimentos em energias, especialmente em novas energias, nos abrem uma oportunidade. Na energia eólica, e, futuramente, na energia solar”, apontou Coutinho. “A eólica já viabilizou nos últimos anos o desenvolvimento de uma indústria de equipamentos competitiva para o setor”, acrescentou.

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Coutinho defendeu investimentos em setores em que o Brasil já é competitivo, como a agricultura, mineração e petróleo. “É fundamental revitalizar nossos complexos competitivos. Na área de mineração; nos agronegócios, onde o Brasil tem inigualável capacidade em vários setores e pode e deve tirar proveito do aumento da demanda asiática; celulose e papel; petroquímica; complexo aeronáutico; complexo automobilístico”, citou o presidente do banco de fomento.

Segundo ele, a indústria de máquinas agrícolas está entre os principais setores brasileiros que ostentam capacidade de produzir e exportar, ao lado da indústria aeronáutica e de equipamentos para energia elétrica.

Coutinho lembrou ainda que a cadeia de petróleo e gás demandará todo um desdobramento da cadeia produtiva, que já estaria em curso, mas que ainda exige inovações tecnológicas para atender aos desafios da profundidade do pré-sal e de logística.

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Outros setores que merecem atenção são os de mobilidade urbana, para atender à criação dos novos corredores logísticos, além da fabricação de insumos sofisticados para aumento da produtividade na agricultura. “Portanto, são oportunidades que o Brasil deve tirar proveito”, defendeu.

O presidente do BNDES afirmou ainda que o Brasil precisar investir mais e poupar mais, e que, para tanto, necessita que o banco de desenvolvimento exerça papel relevante. Segundo Coutinho, alguns críticos têm defendido uma menor participação da instituição no financiamento de bens de capital e abandono de políticas industriais de desenvolvimento competitivo.

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“O Brasil precisa investir mais e poupar mais. É meta síntese e de consenso. Isso requer que desafios sejam buscados com afinco, requer um papel relevante para nosso banco de desenvolvimento”, defendeu Coutinho.

Coutinho afirmou ainda que o banco precisa manter sua política de fomento ao desenvolvimento e trabalhar em parceria com o mercado de capitais e sistema bancário privado. Segundo ele, a defesa da redução do papel do BNDES no fomento ao desenvolvimento industrial está na contramão da captura de oportunidades de investimento em áreas estratégicas, como na cadeia de petróleo e gás e agricultura.

“Existe uma onda crítica que tem buscado um certo amesquinhamento do papel do BNDES como banco de desenvolvimento”, definiu o presidente do banco de fomento.