A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) avalia como uma medida “importante” a adoção de políticas para controlar eventual valorização demasiada da taxa de câmbio em países como o Brasil. Em estudo anual sobre os fluxos de investimentos produtivos, a Cepal afirma que, por enquanto, não é possível observar a entrada de capitais interessados em juros disfarçados de Investimento Estrangeiro Direto (IED), o que tem sido classificado como “tsunami” financeiro pelo governo brasileiro.
Ao comentar o efeito das políticas monetárias e financeiras de países como Estados Unidos e Europa, que tem gerado o que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, classifica de “tsunami”, o secretário-executivo adjunto da Cepal, Antonio Prado, afirmou que é “importante que países tenham políticas para evitar a apreciação excessiva das moedas visando defender a capacidade de exportação e produção” de seus países.
“Não depende da natureza da operação, pode ser um investimento em portfólio ou em Investimento Estrangeiro Direto (IED), isso gera um efeito no câmbio e é importante estar atento ao efeito disso”, disse em entrevista em Santiago transmitida por teleconferência ao escritório brasileiro da Cepal em Brasília.