Para ANP, aumento no preço do diesel ainda é reflexo do reajuste de maio

O aumento da quantidade de biodiesel adicionada à mistura vendida nos postos não é a única explicação para a subida no preço do combustível registrada nas últimas semanas. Para o superintendente de abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Edson Silva, isso ainda é reflexo do reajuste do produto em 15% nas refinarias, determinado pelo governo em maio deste ano.

Desde o dia 1º de julho, o diesel vendido nos postos de combustíveis deve ter 3% de biodiesel na mistura. Antes, o percentual era de 2%. O levantamento de preços realizado semanalmente pela ANP mostrou que o litro de diesel, que custava em média R$ 2,05 na última semana de junho, chegou a R$ 2,09 na semana passada, depois que o aumento do percentual entrou em vigor.

Silva reconhece, no entanto, que o custo da produção de biodiesel ainda tem impacto no preço final do combustível vendido aos consumidores. ?Acredito que com o desenvolvimento da tecnologia e de outras fontes de matéria-prima para a produção de biodiesel, chegaremos a um custo menor e, conseqüentemente, deixando de impactar no preço final para o consumidor?, avalia.

De acordo com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis Lubrificantes (Fecombustíveis), enquanto o óleo diesel custa R$ 1,51 para as distribuidoras, o biodiesel está na faixa de R$ 3,20.

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