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Para Aécio, há ‘desmobilização’ do PSDB em relação à reforma da Previdência

Após reunião esvaziada da Executiva do PSDB nesta quarta-feira, 6, para tratar da reforma da Previdência, o presidente licenciado da legenda, senador Aécio Neves (MG), avaliou que há uma “desmobilização” na sigla em relação ao tema. Caso o texto seja aprovado sem os votos majoritários da sigla, Aécio afirmou que seria ruim para o discurso reformista do partido, mas que seria ainda pior se a matéria deixar de ser aprovada por falta de apoio dos tucanos. Ele contou que disse isso aos deputados na semana passada e que reforçou esse entendimento nesta quarta.

O encontro do PSDB com a presença do secretário da Previdência, Marcelo Caetano, e do relator da reforma previdenciária na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA), contou com a presença de apenas 11 dos 46 deputados e quatro dos 11 senadores do partido.

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, também participou da reunião. O líder da Câmara, Ricardo Trípoli (SP), se ausentou com a justificativa de que participaria de uma reunião de líderes na Casa no mesmo horário.

“Não tenho dúvida que o governador Geraldo Alckmin tem influência da bancada, mas o que vemos hoje é um cenário de desmobilização”, respondeu Aécio ao ser questionado se a eleição de Alckmin como presidente da sigla, no próximo sábado, 9, poderia mudar o cenário e aumentar o apoio à proposta no partido.

O senador mineiro disse que não sabia o motivo das ausências da maioria dos parlamentares tucanos, mas ressaltou que todos deveriam participar do debate sobre a Previdência, mesmo os que são contrários ao governo ou à reforma. “Não estar presente não é um bom sinal”, afirmou, ao comentar sobre se as ausências representariam falta de apoio.

Comprometimento

Aécio disse ainda que lembrou, durante a reunião desta quarta, que, quando o presidente Michel Temer assumiu o governo, o PSDB se comprometeu com um conjunto de propostas reformistas, entre elas a da previdência.

Para Aécio, não há alternativa para a reforma, a questão é discutir quando ela será feita. “Eu prefiro que seja agora, nesse formato mais enxuto, do que seja feita uma proposta ainda mais dura num futuro próximo.”

Ele defendeu que o partido opte por fechar questão sobre a reforma para ficar na “vanguarda das questões estruturais do País”. “A reforma da Previdência é essencial para garantir direito adquirido dos que menos têm. Não há como negar que as pressões maiores contra previdência vem daqueles que querem se aposentar com 50 anos ou até menos.”

O presidente interino da legenda, Alberto Goldman, justificou que as ausências dos deputados ocorreu porque muitos avaliaram que a reunião realizada na terça-feira com a presença de Alckmin já foi suficiente.

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