Para a FGV, não há razão para elevar ou cortar Selic agora

Os dados recentes de inflação e de utilização da capacidade industrial mostram que "não é necessário frear a economia agora, não há a menor necessidade de subir os juros (básicos da economia, ou taxa Selic)", segundo afirmou o coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. De acordo com ele, também não é o momento adequado para redução da taxa Selic. "Esperar um pouco nesse momento é positivo", observou.

Mesmo assim, Quadros avalia que a inflação oficial (medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulada nos últimos 12 meses (resultando em variação positiva de 4,56% até janeiro) e da perspectiva de alguma continuidade na pressão dos produtos agrícolas e de reajustes de preços nos serviços tornam delicado o controle da inflação para a meta anual de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional. "Para a inflação fechar o ano em torno da meta será uma equação difícil, uma queda de braço, porque mesmo que os alimentos cedam um pouco, há vários candidatos a vilão, como os serviços", afirmou.

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