O Grupo Pão de Açúcar recebeu R$ 550 milhões do Itaú Unibanco para encerrar a exclusividade das duas companhias em operações de serviços financeiros na rede varejista, o que inclui a concessão de crédito aos clientes.
Com a fusão entre os bancos Itaú e Unibanco no ano passado, a manutenção do acordo gerou um conflito de interesses. Enquanto o Itaú tinha exclusividade com o Pão de Açúcar, através da Financeira Itaú CBD (FIC), o Unibanco já operava acordos semelhantes com outras redes de varejo, como o Magazine Luiza, o Wal-Mart e as Lojas Americanas. O Unibanco também tem parceria com o Ponto Frio, mas a rede foi comprada em junho pelo Grupo Pão de Açúcar.
No entanto, ao contrário do Itaú Unibanco, a FIC continuará operando exclusivamente com o Pão de Açúcar. A vigência do acordo entre as companhias foi ampliada por mais cinco anos, até 28 de agosto de 2029.
O Itaú Unibanco pagou outros R$ 50 milhões ao Pão de Açúcar para estender esse acordo. A participação da FIC no total da vendas da varejista encerrou junho em 13,8%. Sua carteira chega a 5,8 milhões de clientes.
Conforme o comunicado, a nova regra vale para todas as operações do grupo: supermercados, hipermercados, lojas de conveniência, lojas para comercialização de eletroeletrônicos, lojas de ‘atacarejo’ (modelo que mistura atacado com varejo), postos de combustíveis, drogarias e vendas por meio da internet.
O Grupo Pão de Açúcar tornou-se a maior rede de varejo do País ao atingir 1.055 lojas, depois de adquirir as operações do Ponto Frio. Segundo fato relevante encaminhado na noite de ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o acordo produzirá efeito imediato nos resultados das duas companhias.