Panificadora utilizará gás natural

Foi inaugurada na manhã de ontem a primeira panificadora do Paraná que utiliza como combustível o gás natural. A Spazio di Pane, recém-construída no bairro Mossunguê -região do Ecoville – é a pioneira em optar pelo gás natural. Por enquanto, o bairro é o único de Curitiba em que o combustível já chegou à área residencial – são quatro prédios até agora abastecidos pelo gás natural – mas a previsão da Companhia Paranaense de Gás (Compagas) é que a partir do mês que vem o Bigorrilho (região próxima ao Terminal do Campina do Siqueira) também receba. Até o final deste ano ou início do ano que vem, está prevista a chegada do gás aos bairros Champagnat, Batel e Água Verde.

“Nossa estimativa é atender de 900 a mil prédios nesses bairros, além de 150 estabelecimentos comerciais”, afirmou o gerente comercial da Compagas, Justino João Santos do Pinho. Segundo ele, a meta é atingir em dois a três anos bairros como o Cristo Rei, Cabral, Alto da XV. O centro – última região a ser atingida, principalmente pelas dificuldades de se instalar as tubulações – ainda não tem previsão.

Benefícios

Para a proprietária da panificadora, Melise Tieppo Buczenko, a escolha pela gás natural se deve a vários fatores, como a economia – ela estima que o combustível seja de 30% a 40% mais barato do que o GLP (gás de cozinha) – e pelos riscos menores que oferece. “Também é menos poluente, ecologicamente correto”, acrescentou. Melise conta que começou a construir o empreendimento em junho e recebeu a proposta de optar pelo gás natural. Segundo ela, o investimento deve retornar em breve. “Os custos para instalação foram todos feitos pela Compagas. Eu gastei R$ 8,5 mil em um forno industrial já convertido e R$ 50,00 para converter o fogão”, conta. Melise estima que deva consumir cerca de 80 metros cúbicos de gás por mês.

De acordo com o gerente comercial da Compagas, Justino João Santos do Pinho, a facilidade é maior para quem está abrindo o empreendimento e já opta pelo gás natural. “Nesse caso, todos os equipamentos que ele vai comprar já serão para esta finalidade”, explica. Isso não significa, no entanto, que os donos dos estabelecimentos já abertos não possam fazer a conversão. Segundo o gerente, o investimento pode ser recuperado em 12 a 18 meses no máximo.

O público-alvo da Compagas, em se tratando de estabelecimentos comerciais, é formado principalmente por hotéis (30%), motéis, lavanderias, shopping centers, restaurantes, supermercados, panificadoras, entre outros. Até agora, o gás natural já está presente em nove estabelecimentos comerciais de Curitiba e Região Metropolitana. O preço do metro cúbico do gás é R$ 1,32. (Lyrian Saiki)

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