Os problemas que vêm atingindo o serviço de banda larga Speedy, deixando milhares de pessoas e órgãos públicos sem conexão à internet, podem não estar restritos somente às redes da Telefônica. O alerta para o risco de uma falha sistêmica, envolvendo a infraestrutura de outras empresas de telefonia fixa, celular e de internet em alta velocidade, vem de setores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A agência tem registrado problemas na prestação dos serviços, que apontam para a possibilidade de um sucateamento das redes de telecomunicações no País, que seria provocado por um patamar de investimentos abaixo do necessário.

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“O problema não é só do Speedy”, diz uma fonte graduada do órgão regulador. Levantamento obtido pela reportagem mostra que, nos primeiros sete dias de julho, houve pelo menos cinco falhas nas redes da Oi, Vivo e TIM. São problemas nos serviços de telefonia fixa, banda larga e telefonia celular, provocados por rompimentos de cabos de fibra ótica, queda de enlaces e falhas na conexão de roteadores, por exemplo. Também há situações mais comuns, como velocidade de conexão à internet abaixo da contratada e problemas para completar ligações telefônicas.

O aumento da frequência de “pequenas panes”, segundo a mesma fonte, é atribuído à falta de manutenção nos equipamentos e a investimentos insuficientes para a expansão das redes. Apesar do diagnóstico, a Anatel, responsável pela fiscalização das empresas, estaria com a sua atuação limitada por não dispor de instrumentos atualizados para checar a qualidade da prestação dos serviços.

A Agência, como admite fonte do setor, não concluiu os estudos para elaboração de modelos de regulação econômica que lhe permitam exigir das empresas o cumprimento de planos estratégicos de atendimento da demanda e de modernização das redes. “A Anatel faz padrão de qualidade com base em uma norma da época da Telebrás”, diz a fonte.

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