Moradores da Vila Rural Ouro Verde, em Paraíso do Norte, Noroeste do Estado, encontraram no alumínio uma nova alternativa de renda. Os vileiros estão aproveitando alumínio velho e produzindo jogos de panela para vender. A agricultora Neuza Santos Ribeiro é encarregada de comprar o material usado e vender as panelas confeccionadas.

“O nosso negócio começou de forma tímida, há 4 anos, e agora, com a ajuda do programa Fábrica do Agricultor, vamos aumentar a produção para atender a demanda”, comemora Neuza. O artesão José Lada fabrica as panelas. O processo é todo artesanal e é feito num pequeno barracão que fica no quintal de sua casa.

No início, os vileiros vendiam 10 panelas por mês. Hoje, através da Fábrica do Agricultor – programa do governo do Estado que apóia a pequena e média agroindústria -, vendem mensalmente 40 jogos, com cinco peças cada. “Para aumentar a produção, precisamos construir um barracão maior”, diz José Lada. A fábrica produz 15 peças diferentes, cujos preços variam entre R$ 2 e R$ 80.

Espanhol – Os moradores da Vila Rural Ouro Verde também estão recebendo aulas de espanhol, duas vezes por semana. As aulas são dadas no galpão da vila, pelo agricultor e voluntário José Bezerra Sampaio. A turma tem 30 moradores. “Aprendi espanhol quando morei no Paraguai e agora, por onde passo, ensino um pouco do que sei a outras pessoas”, conta José Bezerra.

O curso básico tem duração de um ano e recebeu o apoio da Prefeitura de Paraíso do Norte e da Emater, que repassaram apostilas aos alunos. “Com este projeto, nós estamos investindo na qualidade de vida desta população”, avalia o técnico José Clóvis Torsani, da Emater local, que acompanha o desenvolvimento do projeto.

Para o presidente da associação dos moradores da vila, Onorindo Alcides Santos, a novidade mexeu com a vida dos vileiros. “Eu gosto muito de participar das aulas. Não tive oportunidade de estudar quando criança; agora, chegou a minha vez”, diz o agricultor Jair Martins Mendonça.

As aulas de espanhol também atraíram as crianças. Mário Henrique, 10 anos, e Angélica Nascimento,11, ocupam parte do tempo livre com as aulas e sonham no futuro praticar o novo idioma fora do Brasil.

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