Panaftosa diz que doença existiu no Paraná

O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), organismo vinculado à Organização Mundial de Saúde, divulgou uma nota técnica no último dia 12 que rebate as alegações de que não houve, em 2005, casos de febre aftosa no Estado. O diretor do Panaftosa, Miguel Genovese, assina a nota técnica em que conclui pela existência dos focos no Paraná.

Entre os motivos científicos para esta conclusão, ele cita a identificação de anticorpos compatíveis com a circulação viral; lesões também compatíveis com doenças vesiculares, como a febre aftosa; e vínculos epidemiológicos com propriedades do Mato Grosso do Sul onde houve manifestações clínicas da doença e onde o vírus foi comprovadamente isolado.

?É de concluir-se que as ocorrências sanitárias de que ora tratamos, no Estado do Paraná, configuram focos de febre aftosa?, escreveu Genovese. ?É impossível descartar-se que tais animais não estivessem infectados.?

Diante do Código Sanitário dos Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), neste caso, era compulsório que o governo brasileiro fizesse a notificação da ocorrência ao organismo internacional.

Miguel Genovese apontou que, por ser uma doença de curso agudo, ?é possível a ocorrência de uma baixa taxa de animais permanecerem como portadores de vírus por períodos variáveis, sendo muito difícil o isolamento do vírus?. Além disso, o tempo transcorrido entre o evento clínico e a tomada das amostras para a sorologia, cinco meses, pode ter dificultado os testes laboratoriais.

Para conhecer a íntegra da Nota Técnica do Panaftosa sobre o Paraná acesse o endereço na internet: www.panaftosa.org.br/inst/FOCO?FMD/ nota?TEC?PR?PANAFTOSA? 2007.pdf.

Fim das restrições

Dois países – Colômbia e Angola – anunciaram ontem a suspensão das restrições comerciais impostas às carnes bovinas, bubalinas, suínas, caprinas e ovinas provenientes de Estados como o Mato Grosso do Sul e Paraná, que haviam sido impostas desde 27 de janeiro do ano passado, devido à constatação de focos de febre aftosa nos dois estados. Com a suspensão do embargo, todas a unidades da federação podem exportar, a partir de agora, essas carnes para os dois países.

Segundo comunicado do Instituto Colombiano Agropecuário (ICA), enviado à embaixada brasileira em Bogotá, o encaminhamento das informações sanitárias relativas às atividades de controle do foco foram suficientes para que o embargo de seis meses aos produtos brasileiros não fosse renovado.

Em nota encaminhada à embaixada do Brasil em Luanda, o Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural angolano considerou satisfatórias as medidas adotadas pelo Brasil para o controle da febre aftosa. ?As autoridades angolanas competentes têm vindo atentamente acompanhar a evolução de acontecimentos relativos ao controle do surto de febre aftosa no Brasil, verificando-se que as medidas de controle da referida doença estão sendo cumpridas conforme estipulado no Código Sanitário dos Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal OIE.?

Leite

A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou ontem que o Chile habilitou nove novas plantas produtoras de leite a exportar para o País. Os estabelecimentos estão localizados em Goiás, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo. Em dezembro do ano passado, o Brasil exportou cerca de US$ 53 mil em produtos lácteos concentrados, US$ 21 mil em queijos frescos e US$ 91 mil em queijos fundidos para o país sul-americano.

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