O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, afirmou, ontem, que só haverá uma redução do juro básico da economia em taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) se for feito um ajuste fiscal de longo prazo. ?O Brasil precisa ter uma consistência de políticas fiscais e uma certeza de uma curva de convergência da dívida pública a níveis menores para reduzir as taxas de juros?, disse.
Palocci confirmou que o governo está debatendo com o Congresso Nacional e outros representantes da sociedade civil medidas que consolidem a trajetória de queda da dívida pública e a estabilidade da economia brasileira. De acordo com o ministro, a redução dos gastos permite a diminuição dos impostos, investimentos em infra-estrutura e melhoria da poupança pública e a resposta em curto prazo do mercado. Na abertura da Conferência Internacional da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no Rio de Janeiro, o ministro disse que o objetivo é tentar elaborar propostas que levem à construção de conceitos que dêem mais consistência da economia do país.
Segundo
O Brasil é o segundo destino dos investimentos estrangeiros, com US$ 18 bilhões de recursos diretos em 2004. Mas o país poderá superar a China e alcançar o primeiro lugar na lista, se aprofundar as reformas regulatórias e tributárias e obter avanços na implantação das Parcerias Público Privadas (PPPs). As afirmações são do secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Donald Johnston. Segundo ele, o Brasil atraiu investimentos não tanto pelo clima atraente, mas pelo tamanho do país e da economia. Ele ressalva que não há clima de hostilidade e destaca que houve muitos progressos na economia. No entanto, o secretário-geral diz que ainda há muito o que fazer, especialmente reformas estruturais, para que o Brasil possa se beneficiar de uma economia cada vez mais globalizada.
