São Paulo (ABr) – O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, descartou a adoção de novas políticas tributárias emergenciais, a exemplo do que fora feito em 2003 para socorrer a indústria automotiva. ?É cabível olharmos outros setores da economia para verificar se o ordenamento do sistema tributário está adequado ou pode ser melhor, mas não é necessária nenhuma política de curto prazo. Estamos olhando para políticas de longo prazo, para que possamos ter coisas novas em um ou dois anos?, garantiu o ministro, durante a entrega do prêmio O Carro do Ano, anteontem à noite, em São Paulo.

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Palocci enfatizou que a indústria automotiva é grande geradora de empregos e lembrou que em 2003 o setor teve ?dificuldades reais?, por isto foi beneficiado com redução de impostos. ?O governo tem sempre um olhar muito particular para os setores que são impulsionadores da atividade econômica como um todo?, explicou.

Os números de 2004 da indústria automotiva foram comemorados pelo ministro. O setor, que registrava quedas em investimentos, vendas e nível de emprego desde 1998, finalmente voltará aos níveis de 1997 – ano considerado excelente. No acumulado até outubro, a produção de veículos teve alta de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas no mercado interno cresceram 11,7%, passando dos 1,8 milhão de veículos – mais do que no ano inteiro de 2003. E o nível de emprego do setor, que caiu de 115 mil, em 1997, para 91 mil, em 2002, voltou a atingir o patamar de 100 mil empregados, com alta acumulada no ano de 9,1%.

?Este ciclo de crescimento que estamos vivendo hoje é o mais intenso dos últimos dez anos e tem sido acompanhado por um aumento da taxa de investimentos de cerca de duas vezes ao da expansão da renda. Neste contexto, a indústria automotiva tem papel de destaque?, afirmou o ministro, lembrando que mudanças setoriais, quando oportunas, devem ser adotadas na direção de melhor desenho tributário e de estímulo à maior eficiência econômica.

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