O mundo já gastou 5% do seu PIB para enfrentar a pior crise nos últimos 60 anos. Mas as autoridades alertam: os pacotes de recuperação não estão dando resultados esperados, não se sabe quando a recuperação ocorrerá e governos estão sendo lentos na reforma do sistema bancário. Nove meses depois da eclosão da crise, os mesmos reguladores que deveriam ter fiscalizado o mercado continuam perplexos e reconhecem que não entendem como é que o sistema financeiro que “parecia perfeito” entrou em colapso.

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Esses são alguns dos resultados do relatório anual do Banco de Compensações Internacionais (BIS), que amanhã conclui sua assembleia anual com todos os BCs do mundo, apelando para que o trabalho de corrigir as falhas no sistema seja acelerado. O BIS quer que governos e bancos centrais deem sinais claros de que estão comprometidos com essa reforma. Seu recado é claro: os pacotes de resgate estão mal elaborados, incrementam os riscos, os governos estão demorando para limpar os bancos e não existe ainda uma estratégia de saída.

A mensagem do BIS é de que nada adianta trilhões de dólares para manter a economia em funcionamento se o sistema financeiro não for reformado. “A habilidade dos pacotes de gerar uma recuperação sustentável é ainda uma questão aberta”, diz o BIS. “As ações políticas tem sido insuficientes em restaurar a saúde do sistema bancário”, alerta.

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