Brasília – Os ministros da Agricultura do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) aprovaram anteontem, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, a criação de uma zona de alta vigilância contra a febre aftosa nas fronteiras do Brasil com Paraguai e Bolívia, além das do Paraguai com Argentina e Bolívia.
As regiões são consideradas de maior risco para a doença que atinge bovinos e bubalinos. O plano, já aprovado pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), prevê rígida fiscalização nessa área de, no mínimo, 15 quilômetros a partir das fronteiras.
Nessas regiões os países deverão seguir regras específicas e harmonizadas de combate à aftosa. Segundo Jamil Souza, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, o plano prevê que todas as vacinações na área sejam feitas em um mesmo período, ao menos duas vezes ao ano, acompanhadas e auditadas pelo Conselho Veterinário Permanente (CVP) do CAS, pelo Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) e pela OIE.
A ação prevê ainda a criação de um cadastro de todas as propriedades por meio do sistema de georreferenciamento por satélite e de bovinos no raio determinado; o controle rígido de trânsito dos animais; que os estudos sorológicos sejam também harmonizados e feitos nos mesmos períodos, bem como a adoção conjunta de procedimentos em casos suspeitos da doença.
Souza explicou ainda que a definição exata da faixa de alta vigilância irá variar de acordo com as barreiras naturais, como florestas, rios e montanhas, por exemplo, exceto no lago da hidrelétrica de Itaipu, na fronteira do Paraná com o Paraguai. ?Nessa região, o controle será reforçado nas cidades do entorno do lago?, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura. Souza explicou ainda que as medidas adotadas são complementares às que já são adotadas normalmente pelos países para o combate à aftosa. Ele não soube informar quanto será investido nas ações.
