O fluxo de dólares acentuou a trajetória negativa nos últimos dias, indicam os números divulgados hoje pelo Banco Central (BC). No acumulado de junho até o dia 11 – nas duas primeiras semanas do mês -, o País registrou saída líquida de US$ 1,776 bilhão. Na primeira semana de junho, a saída somava US$ 267 milhões.

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Segundo o BC, a saída continua sendo liderada pelo segmento financeiro, que amargou fluxo negativo de US$ 978 milhões nas duas primeiras semanas do mês. O valor foi gerado pelas saídas de US$ 9,476 bilhões, valor superior aos US$ 8,497 bilhões que ingressaram no mesmo período. Na primeira semana do mês, a conta financeira, que registra transferências para compra e venda de ações, títulos de renda fixa, investimento produtivo e remessa de lucros, entre outras operações, havia amargado saída de US$ 170 milhões.

No segmento comercial, o mês acumula saída líquida de US$ 798 milhões, fruto de importações de US$ 5,605 bilhões e exportações de US$ 4,807 bilhões. Na primeira semana de junho, o comércio exterior havia registrado saída de US$ 96 milhões. No acumulado do ano, o Brasil registra ingresso líquido de US$ 5,867 bilhões, sendo que o segmento financeiro acumula US$ 4,664 bilhões e o comércio exterior registra ingresso de US$ 1,203 bilhão.

Reservas

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As reservas internacionais brasileiras subiram US$ 1,047 bilhão em junho, até o dia 11, pelas compras de dólar realizadas diariamente pela autoridade monetária, informou o BC. O número mostra que há uma desaceleração no ritmo das intervenções do BC, que ficaram na média diária de US$ 130,9 milhões no período. O valor é 34% inferior ao registrado em todo o mês de maio, quando as compras somavam, na média, US$ 198,6 milhões por dia.

No acumulado de 2010 até o dia 11 de junho, as compras de dólar realizadas diariamente pelo BC somaram US$ 13,194 bilhões às reservas internacionais. Em 11 de junho, as reservas estavam em US$ 251,225 bilhões.

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