A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, avaliou nesta sexta-feira que o Brasil, ao contrário das economias avançadas, tem plenas condições de responder às incertezas internacionais em 2013. Ela lembrou ainda que o País será um dos poucos que crescerão em 2012 mais do que no ano passado, ao lado da Austrália, do Japão, da Índia e dos Estados Unidos. “Em 2013, há uma previsão de recuperação leve, puxada pelos emergentes. Os países desenvolvidos ainda estão com o freio de mão puxado”, comentou a ministra.

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Segundo Miriam, entre as condições que permitirão o bom desempenho da economia brasileira estão o mercado interno dinâmico do País, o crescimento do emprego e da renda, o aumento do salário mínimo, o acúmulo de reservas internacionais, a inflação sob controle, o programa de investimentos do governo, a solidez fiscal das contas públicas e a menor dependência dos mercados externos. “Até 2014 temos uma média de crescimento de 4,7%”, completou.

Câmbio

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Apesar de a proposta de orçamento de 2013 prever uma taxa média de câmbio de R$ 1,84 durante o próximo ano, Miriam disse que o governo não trabalha com uma meta fixa para a cotação do dólar. “O próprio ministro (da Fazenda) Guido Mantega já disse isso várias vezes”, completou.

Segundo ela, os parâmetros econômicos que constam no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) são calculados de acordo com a atual conjuntura econômica e são revisados a cada dois meses, durante a execução orçamentária.

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Por isso, embora as tabelas elaboradas pelo Ministério da Fazenda e apresentadas pelo Planejamento também tragam projeções para a taxa Selic até o fim de 2015, Miriam se recusou a comentar sobre juros. “Isso é um assunto para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini”.

A ministra reafirmou, no entanto, que os crescimentos projetados de 4,5% em 2012 e de 5,5% em 2013 são uma “obsessão” da presidente Dilma Rousseff. “Acreditamos sim que podemos ter esse crescimento”, afirmou.