País pode reduzir a produção avícola

Para driblar os efeitos da crise econômica mundial, que traz impactos no potencial de consumo de todo o mundo, o setor avícola brasileiro propõe que as indústrias do setor diminuam em até 5% o seu ritmo de produção.

A recomendação parte da Central de Informações Avícolas (CIA), órgão de inteligência para analisar o cenário interno e externo de frango de corte da União Brasileira de Avicultura (UBA).

Tal medida visa a minimizar os possíveis impactos da crise econômica mundial, freando o crescimento da atividade avícola brasileira para se adaptar ao novo cenário do mercado consumidor.

De acordo com o diretor do setor de abatedouros e mercado interno da UBA e presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, o principal motivador dessa decisão é que o Brasil atingiu em 2008 o maior número de alojamento de frango de toda a história, atingindo a marca de 488 milhões de cabeças alojadas. Se esse ritmo de crescimento se mantiver, a probabilidade de sobrar frango no mercado é muito grande.

Principal produtor de carne de frango do Brasil, o setor avícola do Paraná deve sofrer impactos com a medida de reduzir em 5% a produção de frango de corte. Segundo dados do Sindiavipar, no acumulado janeiro-setembro, o segmento já abateu 907.772.170 cabeças de frango no Estado, desempenho 10,3% superior ao mesmo período do ano passado, quando haviam sido abatidas 823.075.732 cabeças.

No Paraná

A estimativa inicial do Sindiavipar era de manter durante todo o ano um ritmo de produção crescente, fechando o ano com um crescimento de 12% a 15%. “Vamos ter que nos adaptar a essa nova realidade de mercado”, afirma Domingos Martins.