Janeiro é o mês de caça ao material escolar. As lojas ficam cheias de pais fazendo a pesquisa dos itens que compõem as listas indicadas pelas escolas. Mas a procura pelos preços começou cedo. Muitas pessoas aproveitaram para comprar o material escolar ainda no final do ano passado, para fugir da loucura desta época.
A gerente comercial Rosana Dalri já comprou todo o material escolar para o seu filho. Aproveitou que as lojas estavam querendo se desfazer dos estoques antigos para conseguir bons descontos nas compras. ?A gente faz pesquisa porque encontra uma diferença de preços muito grande. Quis comprar tudo antes porque dá para conseguir descontos?, afirma. A dona de casa Kimi Furyama já começou a procura pelos melhores preços para o material de suas filhas. ?Prefiro antecipar a pesquisa. Até agora, encontrei preços parecidos com os do ano passado?, comenta.
A pesquisa dos pais acontece diretamente nas lojas e até mesmo por fax ou e-mail. ?É impressionante a quantidade de e-mails que recebemos nesta época para o orçamento do material escolar. Os pais estão pesquisando bastante?, conta a gerente de papelaria da loja Luvizotto, Miriane Cecília Ronchi Zari. De acordo com ela, a preferência dos pais é pelos produtos mais simples (sem personagens de desenho animado ou cores diferenciadas) e com melhor preço.
O movimento ainda é baixo em algumas lojas, que esperam muitas vendas próximo a fevereiro, quando começam as aulas. A Papelaria Santa Cruz aguarda um movimento 20% maior em 2006 em relação ao mesmo período do ano passado. A loja se prepara desde agosto para dar conta da demanda de material escolar nesta época.
As Livrarias Curitiba também mudaram a disposição dos produtos para atender melhor os clientes. A expectativa da empresa é aumentar suas vendas em 10% em comparação a janeiro de 2005. Os trabalhadores temporários que foram contratados para o Natal permanecem nas lojas para as vendas de material escolar. Segundo levantamento da empresa, os pais gastam entre R$ 90 e R$ 100, em média, com produtos de papelaria.
Opções para quem não quer e não pode gastar muito são as lojas estilo R$ 1,99, que oferecem material escolar a um preço mais acessível. A gerente da loja Niposhop, Sandra Sabatini, explica que o movimento deve ser grande. ?O pessoal já sabe que pode encontrar preços mais acessíveis nestas lojas?, avalia.
A advogada Cláudia Silvano, do Procon, orienta os pais a não se sentirem obrigados a comprar nas lojas indicadas pela escola, que às vezes também impõe a marca dos produtos pedidos. Além disso e da tradicional pesquisa de preços, Cláudia diz que é aconselhável não levar as crianças na hora das compras. ?Elas sempre querem material do personagem da moda.? Se não tomar cuidado, este será o destino da mãe de Carolina Beltrame Nery Kula, que vai para a 1.ª série do Ensino Fundamental. Durante um passeio em uma livraria, a criança se interessou por produtos coloridos e com personagens. ?Vou pedir para a minha mãe um estojinho da Hello Kitty?, anuncia.
