A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2009 mostra que foram gerados 1,766 milhão de empregos formais no ano passado. O número divulgado hoje, no entanto, é o mais baixo desde 2003, quando foram captados pela Rais 861.014 empregos. Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, os números de 2009 refletem o efeito da crise financeira mundial no mercado de trabalho. Porém, Lupi afirma que, entre os países do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), o Brasil foi o único que conseguiu registrar aumento nos postos de trabalho. “O pior resultado desde 2003 é positivo. Veio o crescimento, mas foi menor”, disse o ministro.

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O número de trabalhadores com vínculos formais – tomando como referência o dados da Rais de 2009 (41,207 milhões) acrescidos do saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do primeiro semestre de 2010 (1,473 milhão) – atingiu 42,680 milhões em junho deste ano. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a junho de 2010 a geração de empregos formais – celetistas e estatutários – atingiu 13,997 milhões. Segundo Lupi, será tranquilo cumprir a meta de 15 milhões de empregos formais no governo Lula.

A Rais mostra ainda que o rendimento médio dos trabalhadores formais apresentou um aumento real (descontada a inflação) 2,51%, ao passar de R$ 1.556,15 em dezembro de 2008 para R$ 1.595,22 em dezembro do ano passado. Em 2009, os setores que mais contribuíram para a criação de empregos formais foram os de serviços (654 mil), a administração pública (453,8 mil), o comércio (368,8 mil) e a construção civil (217,7 mil). Em termos relativos, o maior crescimento foi da construção civil, de 11,37%. O ministro explicou que isso é reflexo das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”.

Segundo Lupi, a Rais é uma fotografia do mercado de trabalho brasileiro. Ela mostra que quanto maior for a escolaridade do trabalhador, maior será a remuneração. Lupi disse ainda que a Rais revela que houve uma aumento na contratação de pessoas mais experientes. De 2008 para 2009, houve um crescimento de 7,62% no número de empregos de trabalhadores com mais de 65 anos. Por outro lado, a menor expansão foi verificada entre trabalhadores de 16 e 17 anos, que registraram variação de apenas de 1,46%.

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