O mercado de trabalho brasileiro deverá fechar o ano com a criação de quase 2 milhões de empregos com carteira assinada. O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse que de janeiro a maio já foram gerados 820 mil empregos formais.
Desse total, cerca de 290 foram criados em maio. ?Até abril, prevíamos fechar o ano com a geração de até 1,5 milhão de empregos. Com o salto de maio, que ficou acima do esperado, deveremos rever esta estimativa para cima?, disse Berzoini, que participou ontem de debate com empresários em São Paulo.
As estimativas positivas de Berzoini foram reforçadas pelos dados das pesquisas de emprego do IBGE e Fundação Seade/Dieese, que mostraram queda do desemprego em maio.
Segundo Berzoini, o governo esperava pela diminuição do desemprego a partir de junho. ?Mas a queda (do desemprego) veio antes, veio em maio. E não foi uma queda pequena, foi de 1 ponto percentual nas pesquisas do IBGE e da Fundação Seade/Dieese.?
Emprego rural
O ministro disse que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) indicava desde meados de 2003 uma geração de empregos que não aparecia nas pesquisas do IBGE – realizada em seis regiões metropolitanas – e da Fundação Seade-Dieese – calculada na Região Metropolitana de São Paulo.
?Isso acontecia porque essas pesquisas não mediam a criação de empregos no campo. Existem dados que de cada quatro vagas abertas, três são no campo.?
Essa mudança do perfil do emprego, segundo ele, poderá ser captada a partir da mudança da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE, realizada hoje somente em seis regiões metropolitanas do País.
Pelos planos do governo, a PME passará a ser nacional e se estenderá também para o interior do País. O objetivo é medir o emprego no campo e não apenas nos centros urbanos.