País criou 2,8 mi de vagas formais em 2010, diz governo

O Brasil gerou 2,861 milhões de postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, conforme dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base nas informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Já o estoque de empregos com carteira assinada no Brasil chegou ao número recorde de 44,068 milhões no ano passado. Considerando-se os inativos, o volume chega a 66,747 milhões.

“Todos os números de 2010 são recordes, e os de 2011 também serão recordes”, previu o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na reunião com jornalistas para detalhar os números da Rais. O ministro destacou que as informações do documento servem para desenvolver políticas públicas, como seguro-desemprego e abono salarial. “É a mais ampla fotografia da mão de obra no Brasil”, disse.

A Rais amplia a divulgação já feita mensalmente com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O Caged é uma compilação das informações enviadas pelos empresários mensalmente ao ministério. Quando os executivos perdem o prazo de entrega, as empresas pagam multa e os dados ficam guardados para serem divulgados no ano seguinte. Em janeiro, o ministro Carlos Lupi informou que o saldo geral de empregos formais criados no ano passado foi de 2,52 milhões já descontadas as demissões do período. O volume foi recorde, ao superar a maior quantidade já gerada de vagas com carteira assinada, em 2007, de 1,6 milhão.

A quantidade de empregos criados em 2010 medida pelo Caged seria de 2,136 milhões de postos, levando-se em conta a metodologia usada normalmente pelo ministério até então. Isso porque, até novembro, o saldo líquido era de 2,544 milhões de vagas, mas dezembro tradicionalmente é um mês em que as demissões superam as contratações e, em 2010, não foi diferente. Em dezembro, o número de trabalhadores demitidos foi 407 mil maior do que o de contratados.

Ocorre que o governo optou por já usar parte das informações que chegaram atrasadas pelo Caged na divulgação do saldo total de 2010. Sem isso, o ministro Lupi não conseguiria cumprir a meta de 2,5 milhões imposta por ele mesmo na véspera do Dia do Trabalho, em 1 de maio. Até então, o objetivo do governo era de criar 2 milhões de postos. Em janeiro, o ministro previu que, com as informações atualizadas da Rais, o volume de vagas criadas chegaria a 3 milhões. Além dos trabalhadores do setor privado, a Rais também compila dados relacionados ao setor público, que estão fora do regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo