O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta quarta-feira, 28, que os senadores alterem a proposta de reforma trabalhista em discussão no Senado. Segundo ele, não é possível que a Casa apenas chancele o projeto aprovado na Câmara, como quer o governo, para evitar que a matéria tenha que ser novamente votada pelos deputados.

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O petista apresentou voto em separado pela rejeição da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Seu argumento principal é que a proposta fere a Carta Magna ao alterar artigos que garantem direitos dos trabalhadores. “Podemos dizer que os direitos sociais, expressos em vários pontos da Constituição, se apresentam como a pedra angular desse projeto de sociedade”, afirmou Paim.

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Seu parecer pela rejeição do projeto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado foi aprovado na semana passada. Isso, no entanto, não impediu que o projeto continuasse a tramitar na Casa e, mesmo que rejeitada na CCJ, a proposta deve ser analisada pelo plenário.

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“O projeto – originado por um governo a que falta qualquer legitimidade, aprofundado e agravado na calada da noite, sabe-se lá por conta de quais interesses inconfessáveis – é claramente um projeto retrógrado, baseado em uma concepção estreita e infeliz de sociedade e que, em decorrência, deve ser rejeitado”, disse o petista ao ler seu voto na CCJ, de 86 páginas.

Além de Paim, apresentaram votos em separado os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lasier Martins (PSD-RS) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A expectativa é que a apresentação dos votos em separado vá até as 16 horas. Depois, os senadores devem votar se aprovam a proposta.