Belo Horizonte (AE) – O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse ontem que o governo acredita que no máximo em dois anos a TV digital estará em ?praticamente 50%? dos lares brasileiros. Costa confirmou que o anúncio oficial do acordo entre Brasil e Japão para a implantação da TV digital no País acontecerá na quinta-feira, em Brasília, com a presença do ministro japonês do Interior da Comunicação, Heizo Takenaka.

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Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ?já está com todas as informações necessárias para assinar o convênio?. ?Nós concordamos com os termos do acordo que nós assinamos em Tóquio e que tiveram complementação na semana passada, com a presença de 29 engenheiros e técnicos japoneses?, explicou.

Defensor do padrão japonês (ISDB) durante as negociações, Costa afirmou que o modelo a ser adotado corresponderá a ?um produto nacional?. ?Vai ser o sistema brasileiro de televisão digital, que usa ferramentas do padrão japonês, do padrão europeu e do padrão americano, mas é um produto nacional?, disse o ministro, sem entrar em detalhes.

A tecnologia japonesa contava também com a preferência das emissoras de TV. A transmissão direta e gratuita da programação de TV nos telefones celulares era um dos principais argumentos de Costa para a defesa do modelo. As emissoras estimam que poderão dar início à operação comercial num prazo de seis meses após a definição do padrão.

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?Entendemos que no máximo em dois anos nós estaremos com a TV digital em praticamente 50% do País?, afirmou Costa, ao participar ontem pela manhã da inauguração de duas agências dos Correios em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A expectativa, no entanto, é que a transição total do sinal analógico para o digital no País ocorra num prazo de cerca de 10 anos. Mas o sinal poderá ser recebido mesmo sem a troca do aparelho de TV, por meio de um decodificador. O ministro já disse que a indústria nacional está pronta para produzir o terminal e o governo discute com o Banco Popular a abertura de um financiamento para a aquisição do aparelho.

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