Pacote de socorro à Irlanda vai começar por bancos

A Irlanda bem que tentou evitar, mas hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI) desembarca em uma missão de emergência em Dublin para avaliar um pacote de reestruturação dos bancos do país. O FMI vai acompanhado pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela União Europeia (UE), além de ter garantias do governo britânico de que não faltará dinheiro para um pacote. Os funcionários internacionais que chegam a Dublin são os mesmos que fecharam em maio um pacote de resgate com a Grécia.

Durante vários dias o governo irlandês insistiu que não precisava de ajuda, enquanto sofria uma fuga de investidores, via os papéis da dívida despencarem em seus valores e o risco país explodir. Ontem, depois da reunião entre ministros de Finanças da UE, o discurso do governo mudou após a pressão de vários países. Para muitos, se a incerteza se prolongasse como ocorreu na Grécia, seria a zona do euro que estaria ameaçada.

Após a reunião, o governo irlandês usou esse argumento para justificar a mudança de posição. A avaliação é de que o euro precisa de ajuda e, portanto, o governo estaria disposto a colaborar para encontrar uma solução. “A Irlanda tem sido o ponto de ataque sobre a moeda única e é importante que nossa moeda esteja protegida”, afirmou Brian Lenihan, ministro de Finanças da Irlanda.

Perdendo apoio de sua base e sob a ameaça de ser obrigado a convocar eleições antecipadas, o governo não fala em um resgate. O entendimento entre a Irlanda e as organizações internacionais é de que apenas um pacote aos bancos será avaliado. Um resgate para as contas públicas fica adiado, pelo menos até depois das eleições locais. A estimativa inicial era de que o pacote total seria de 100 bilhões. Mas se o pacote se limitar aos bancos, o valor seria de cerca de 46 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo