Economia

Oxford Economics: Alta da carne não vai impedir BC de fazer novo corte de juros

A alta da carne, que pressionou a inflação em 2019, não vai impedir o Banco Central de fazer novo corte de juros, avalia a consultoria inglesa Oxford Economics. A previsão da casa é que ocorra nova redução da taxa básica na reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom), de 0,25 ponto porcentual. A Oxford vê espaço ainda para cortes adicionais pela frente, mas acredita que esta deve ser a última redução, com a Selic ficando em 4,25%.

A Oxford destaca que o IPCA de 2019, que subiu 4,31%, acabou ficando acima da meta de inflação do BC, de 4,25%. Mas a culpa foi quase que totalmente da carne, em meio a maior demanda da China por conta da febre suína. Apenas em dois meses, a carne subiu 28% no Brasil, observa a consultoria em relatório.

“Nossas estimativas sugerem que esse choque adicionou 0,7 ponto porcentual ao IPCA”, ressalta o economista da Oxford para a América Latina, Marcos Casarin. “Com a provável reversão deste choque nos próximos dois meses, esperamos que a inflação caia de volta para um nível abaixo da meta em 2020”, completa.

A consultoria observa que o núcleo do IPCA (excluindo os preços mais voláteis), que ficou em 2,8% em 2019, permanece abaixo do centro da meta do BC. O relatório destaca ainda que a alta do dólar e o aumento da tensão no Oriente Médio nos últimos meses de 2019 também pesaram na inflação.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo