Otimismo volta ao empresário do comércio

O otimismo está voltando ao empresário do comércio do Estado. É o que constata pesquisa de opinião realizada pela Federação do Comércio do Paraná, com empreendedores de 132 empresas representando um universo de cinqüenta municípios. Enquanto no ano de 2004, 64,34% dos empresários ouvidos acreditavam numa melhora das vendas no primeiro semestre de 2005, neste ano, são 71,79% aqueles que acreditam que o primeiro semestre de 2006 trará vendas melhores.

?O percentual daqueles que acreditam numa melhora da situação econômica para o primeiro semestre de 2006 é praticamente igual ao verificado no segundo semestre do ano de 2002, véspera das eleições presidenciais daquele ano, que geraram incertezas no ambiente empresarial?, explica o presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, analisando os resultados obtidos na consulta. O ponto alto do otimismo chegou no final do ano passado, quando 87,50% dos empresários do comércio consideravam que o primeiro semestre de 2005 seria excelente em vendas.

A resposta à pergunta ?qual a situação financeira de sua empresa neste semestre em relação ao semestre anterior?, mostra um resultado preocupante. 36,61% dos que responderam os questionários da Federação do Comércio disseram que a situação está inferior à do semestre anterior, o pior resultado desde que essa pergunta passou a integrar a pesquisa, no primeiro semestre de 2003.

Ao serem questionados sobre se a empresa pretende fazer novos investimentos e que área seria beneficiada, surge outro fator preocupante: a grande maioria (47,86%) registra que vai investir nas instalações, seguida de informatização e modernização visual, deixando de lado os investimentos em recursos humanos, fato que vem sendo observado desde o início da pesquisa.

A carga tributária continua sendo a maior reclamação do setor, com 79,49% considerando que os impostos são a principal dificuldade para enfrentar a concorrência, seguida dos encargos sociais elevados (69,23%) e problemas de distribuição, com 28,21%. ?A Federação do Comércio tem lutado contra a carga tributária tanto em nível federal quando estadual, e obtivemos alguns êxitos junto ao governador Roberto Requião, que reduziu alíquotas de ICMS para vários produtos e, agora, na véspera da virada do ano, nos deu uma grande notícia, a de que os produtos da cesta básica estarão isentos deste imposto a partir de janeiro?, acentua Piana.

Vendas

As vendas do comércio no Paraná devem fechar o ano de 2005 com um crescimento de 5% em relação a 2004, conforme os dados obtidos pela pesquisa. As vendas no segundo semestre ficaram aquém das registradas no primeiro semestre. Fatores políticos e econômicos prejudicaram o setor no segundo semestre. ?A continuidade e o agravamento da crise política, de um lado, e a manutenção dos juros elevados pelo Banco Central, de outro, pesaram negativamente para o desempenho do setor neste ano?, diz o presidente da Federação do Comércio.

Outro fator que influenciou diretamente nos resultados do comércio foi a quebra da safra agrícola. Setores como o de concessionárias de veículos, que têm grande peso no total do comércio, apresentaram resultados pífios no interior do Estado.

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