O secretário de Finanças do Reino Unido, George Osborne, afirmou hoje que as propostas de reforma do sistema bancário beneficiarão a economia do país e tirarão das costas dos contribuintes comuns o peso da maior parte dos custos de futuras quebras de bancos. “Hoje é um momento decisivo no qual damos um passo na direção de um novo sistema bancário que funcione para a Grã-Bretanha”, afirmou o ministro aos deputados britânicos, na Câmara dos Comuns.
Os comentários de Osborne foram feitos após a divulgação das recomendações da Comissão Independente Bancária (ICB, na sigla em inglês), painel criado por ele em 2010 com o objetivo de encontrar meios de tornar o sistema bancário do Reino Unido mais seguro e competitivo tanto para clientes quanto para contribuintes.
De acordo com Osborne, o governo pretende responder às recomendações do ICB até o fim do ano e buscará a aprovação de uma lei baseada nas propostas antes do fim da atual legislatura, em 2015. A meta é concluir a reforma do sistema bancário até 2019. Na avaliação de Osborne, o principal benefício das propostas é facilitar a busca por soluções em momentos de crise. “Os custos devem recair sobre os acionistas e os detentores de dívida no atacado e não sobre os pequenos correntistas e os contribuintes”, afirmou.
Osborne também observou que o governo ainda não começou a se desfazer de sua participação no Royal Bank of Scotland (RBS) e no Lloyds Banking Group por conta da queda do preço das ações dos bancos. O governo britânico controla 83% do RBS e detém 41% dos papéis do Lloyds. Osborne já havia afirmado antes que o governo só se desfaria das ações quando as condições de mercado fossem propícias e a venda fosse vantajosa para o erário britânico. As informações são da Dow Jones.