Foto: Arquivo

O Hotel Cataratas é tradicional na fronteira.

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O contrato do novo arrendamento do Hotel Cataratas, de propriedade da União e operado sob forma de concessão, foi assinado ontem pelos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e do Turismo, Marta Suplicy, com os novos arrendatários. A solenidade foi às 15h, no salão nobre do Bloco K, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A empresa arrendatária – São Matheus S/A, do grupo hoteleiro inglês Oriente Express, venceu a concorrência para administrar o empreendimento hoteleiro, localizado dentro do Parque Nacional do Iguaçu – o mais visitado do Brasil.  

A partir do contrato assinado, no valor de R$ 868 mil/mês, os novos administradores terão 20 anos de prazo para a exploração do local, prorrogáveis por mais 20 anos. O contrato segue a lei 8666/93, que rege as licitações. A área arrendada totaliza 201 mil m2 entre hotel e dependências. A área construída do hotel é de 15,7 mil m2.

O processo licitatório do Cataratas teve a duração de quatro anos, tendo em vista a complexidade do edital, por envolver bens do Patrimônio da União (hotel e parque), e por tratar-se de imóvel em área de preservação ambiental. Tanto que uma das particularidades do edital diz respeito a exigir da empresa arrendatária a observância do plano de manejo do parque e de todas as normas do Ibama para qualquer tipo de atividade na área. Nisso está implícito que os funcionários do hotel também deverão cumprir rigorosamente a legislação e demais disposições de preservação do meio ambiente.

O novo grupo administrador também terá a obrigação de estabelecer parceria com o Ibama e investir em torno de R$ 5 milhões em melhorias no parque, incluindo apoio total a projeto de pesquisa sobre o comportamento dos felinos, orçado em R$ 1,2 milhões, determinado como medida de segurança para humanos e animais.

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Também será por conta do arrendatário que assume o hotel a realização de obras no prédio, com investimento em melhorias de, no mínimo, R$ 18,9 milhões, totalizando um gasto de R$ 25,6 milhões. O contrato de arrendamento prevê, ainda, seguro de risco de engenharia, risco de incêndio e de acidentes provocados por fatores climáticos.

Além desse comprometimento, no que se refere ao pagamento pelo arrendamento do hotel – a título de mais um reforço no cuidado com a natureza – metade da taxa a ser paga será designada ao Ibama e a outra metade restante irá para o Tesouro Nacional, para programas estratégicos do governo federal. Os R$ 868 mil mensais vão mais que duplicar o preço anterior, que era de R$ 319 mil/mês.

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Do ponto de vista de atrativo para o turismo, historicamente, o Hotel Cataratas que já é um hotel-âncora na região, com lotação de sua capacidade em mais de 80% relativamente aos demais hotéis locais – com todas as novas medidas recomendadas no atual contrato de arrendamento -irá subir de posição. Além disso, é pretensão do novo arrendatário (mesma rede que administra o Copacabana Palace no Brasil) transformar o hotel em mais um ?hotel de charme? do mundo – designação usada para empreendimentos de categoria superior a cinco estrelas. O ingresso desse novo perfil de turista no Hotel Cataratas deverá deslocar as atuais demandas de clientela para os outros hotéis de Foz do Iguaçu, provocando o incremento do turismo na região.