A organização do movimento sindical no Brasil, com grande fragmentação e elevado número de entidades, foi criticada na audiência pública realizada nesta terça-feira, 21, pela Comissão da Reforma Trabalhista. Especialistas dizem que a obrigatoriedade do imposto sindical é uma das raízes dessa distorção.

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“Temos um modelo sindical arcaico. Infelizmente, temos de tocar nesse ponto. O modelo sindical não serve para o nosso País. A contribuição não deveria ser obrigatória e o trabalhador deveria ter liberdade em escolher o sindicato”, disse o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Walmir Oliveira da Costa, ao comentar que números recentes mostravam que o imposto arrecada cerca de R$ 12 bilhões por ano.

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O vice coordenador de promoção da liberdade sindical do Ministério Público do Trabalho, Renan Bernardi Kalil, concorda. “O imposto sindical é um anacronismo para a Organização Internacional do Trabalho”, disse. Kalil comentou que, de olho na verba bilionária arrecadada anualmente, há uma série de sindicatos que são desmembrados seja por representação de categoria ou abrangência geográfica. Por isso, há grande fragmentação na representação sindical no Brasil.