O presidente dos EUA, Barack Obama, apresentou um plano de orçamento de US$ 3,8 trilhões para o ano fiscal 2011 que prevê um aumento significativo nos impostos cobrados de indivíduos e empresas, cortes modestos de despesas e um aumento nos gastos do governo com educação, defesa e medidas para fomentar a criação de empregos.
A administração Obama concentrou-se em propostas para reduzir gastos avaliados como discricionários – que representam 17% do orçamento para 2011 – como parte de um plano para reduzir o déficit recorde de US$ 1,6 trilhão entre a arrecadação e as despesas públicas. O plano também prevê uma receita de aproximadamente US$ 1 trilhão que será gerada com o fim de benefícios fiscais concedidos a indivíduos de renda elevada durante o governo de George W. Bush e prevê novas taxas e tarifas para bancos e empresas multinacionais.
As metas previstas no Orçamento para o ano fiscal dos EUA prevê cortes de US$ 39 bilhões em incentivos fiscais para o setor de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que promete estimular os setores de energia nuclear e renovável. O Orçamento planeja eliminar US$ 36,5 bilhões em incentivos fiscais para a indústria do petróleo e gás natural e cortar US$ 2,3 bilhões em estímulo fiscal ao setor de carvão entre 2011-2020.
Diferentemente do Orçamento anterior, o governo não inclui receitas projetadas específicas no seu plano de cortar as emissões dos gases causadores do efeito estufa. Para o setor do petróleo, os cortes virão sobretudo da revogação da permissão para que as firmas deem baixa contábil da depreciação de poços e dos custos de perfuração intangíveis tais como aluguel de equipamentos. O governo também aumentou o período de amortização para produtores independentes para alguns custos de exploração, o que custará ao setor mais US$ 1,1 bilhão na próxima década.
A Casa Branca prevê cortes semelhantes em estímulo fiscal para o setor de carvão. Embora o Orçamento proposto tenha como meta cortar os níveis de emissões de gases causadores de efeito estufa em 17% a partir dos níveis de 2005 até 2020, o governo não incluiu os quase US$ 650 bilhões em receitas em dez anos contidos na política para o clima propostos no Orçamento anterior.
Em vez disso, o Orçamento proposto afirma que a política do clima seria neutra em relação ao déficit e que qualquer receita seria redistribuída para as famílias e empresas a fim de cobrir os custos mais altos de energia e para o setor de energia limpa. O Orçamento propõe ainda adicionar US$ 36 bilhões em sua autoridade de garantir crédito para usinas nucleares e até US$ 5 bilhões em garantia de crédito para energia renovável. As informações são da Dow Jones.