O encalhe de um navio de bandeira do Chipre – o UBC Salvador -, na última sexta-feira, no Canal da Galheta, em Paranaguá, repercutiu ontem na Assembleia Legislativa do Paraná.

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O incidente gerou críticas ao governo do Estado e à Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), por parte da oposição, que afirma que o perigo era iminente, devido à redução do calado do canal, que é oficialmente de 11,30 metros.

De acordo com o líder da bancada de oposição, o deputado Élio Rusch (DEM), o problema no canal é até pior que o comunicado, já que o calado do navio que encalhou é de 10,41 metros. Ele lembra que, em 2007, o calado do canal da Galheta era de 12,5 metros.

Para ele, o encalhe do navio trará grande prejuízo ao Estado. “As notícias correm e o mundo já sabe deste incidente. As empresas exportadoras e importadoras (…) vão procurar outros portos para embarcar seus produtos”, afirmou, em comunicado à imprensa.

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A Appa não comentou o incidente. Na semana passada, o órgão informou que os trabalhos de dragagem do canal estão acontecendo normalmente. A draga holandesa HAM 310, que fazia os trabalhos e teve que parar por problemas técnicos, voltou a operar, juntando-se à draga Volvox Delta, que tinha começado a trabalhar no local na semana retrasada.

Segundo o superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, o prazo para conclusão do serviço – dia 15 de julho – deve ser cumprido. Ele afirmou, há uma semana, que dos 3,67 milhões de metros cúbicos de sedimentos previstos, mais de 1,6 milhões já tinham sido retirados.

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