Os partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff criticaram o desempenho da economia no primeiro trimestre, que ficou aquém do esperado. O líder da minoria na Câmara dos Deputados, Nilson Leitão (PSDB-MT), criticou a atuação do governo, o que teria influência no resultado do Produto Interno Bruto (PIB). “Vejo esse resultado com preocupação e tristeza. O governo não fez a tarefa de casa”, afirmou.

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Para o parlamentar, apesar do crescimento de 9,7% em relação ao quarto trimestre de 2012, o PIB da agropecuária não cresceu o que deveria. Ele criticou a falta de infraestrutura como fator que implica aumento de custos e redução da competitividade. “O agronegócio perde muito. Teria uma oportunidade de ter o dobro de lucro que tem hoje”, disse. O deputado defende um aumento dos investimentos em logística e redução da máquina estatal.

Para o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), o resultado do PIB o governo insiste em medidas equivocadas. “Pior do que o PIB de 0,6% é o governo insistir em remédios que já não dão certo para reativar a economia”, disse o senador, em nota divulgada na tarde desta quarta-feira.

Para Agripino Maia, o governo precisa mudar a política de criação de cargos e cortar gastos. “Insistem nas velhas fórmulas sem fazer o que é preciso: cortar gasto público de má qualidade. Pelo contrário, finaliza o mercado com a agressão de um 39º ministério”, conclui a nota.

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Fracasso

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), assinalou que o governo de Dilma Rousseff “vem fracassando nas tentativas de impulsionar o desenvolvimento econômico do País”.

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Para Ferreira, o País continua “parado e estagnado”. “O resultado é preocupante”, disse, ressaltando também que as contas externas do Brasil estão se deteriorando. Questionado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, se o resultado do PIB industrial (queda de 0,3% na mesma comparação) mostra um fracasso das políticas de desoneração, o senador afirmou que as medidas não têm surtido efeito e, além disso, têm contribuído para aumentar o “rombo fiscal” do governo. “São decisões feitas ao sabor do momento”, avaliou.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), disse que não há motivos para comemorar o crescimento de 1,9% do PIB no primeiro trimestre deste ano em comparação com igual período em 2012. Na avaliação do tucano, o governo não está conseguindo adotar medidas que façam a economia crescer, e isso é preocupante.

“Isso evidencia que, ao longo do ano, nós teremos no máximo, a continuar nesta posição, 2,4%. É muito abaixo de 3,5%, que foi a previsão do governo, e de 2,8%, que é a previsão do mercado. Não vejo motivo para comemoração, vejo motivo para muita preocupação”, criticou.

Ao mencionar o “pibinho” de 2012, de 0,9%, Sampaio afirmou que os dados do IBGE reforçam os problemas de falta de infraestrutura do País. Em sua avaliação, setores como a agricultura poderiam ter resultados mais expressivos se a questão do escoamento dos grãos estivesse resolvida. “O resultado é isso: um PIB baixíssimo, preocupante, demonstrando que a inflação volta a preocupar brasileiro”, acrescentou.

Sindicatos

A Força Sindical qualificou de ‘pífio’ o desempenho da economia. O presidente do sindicato, Paulo Pereira da Silva, atribui esse baixo desempenho a uma “equivocada política de governo” e a uma “incompetente equipe econômica”. “Esse ‘pibinho’, aquém de quaisquer expectativas, é decepcionante para toda a classe trabalhadora”, reforçou.

O dirigente afirma ainda que o resultado deve servir de “alerta” ao governo para buscar uma estratégia melhor de desenvolvimento. “Isto só será possível se, em sintonia e diálogo com os trabalhadores e com todo o setor produtivo, o governo aprofundar a política de fomento à economia, visando, com ações proativas, um desenvolvimento sustentável.”