Partidos de oposição, movimentos sociais e sindicalistas promoveram nesta tarde na Câmara um ato contra a reforma da Previdência. O grupo anunciou que aumentará o tensionamento político “dentro e fora” do Congresso para evitar o avanço da proposta. Para isso, haverá uma mobilização nacional com protestos, ocupações e paralisações no dia 19, data em que o tema deve entrar na pauta do plenário da Câmara.

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O bloco de oposição informou que fará obstrução total da pauta da Casa para impedir que o tema seja discutido. A medida também deve se estender à apreciação do projeto de lei da privatização da Eletrobras, ainda em fase inicial de transição na Câmara.

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Os oposicionistas disseram que farão pressão nas bases eleitorais dos deputados que votarem com o governo. “Vamos trabalhar para que ele não se reeleja em 2018”, disse o líder do PT, Paulo Pimenta (RS).

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O bloco disse contar com o apoio de partidos que não são de esquerda e que são contra a reforma, por isso está seguro de que o governo realmente não tem os 308 votos necessários para aprovar a mudança constitucional. “Tem muitos parlamentares de centro que estão conosco. E vamos ganhar no individual”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Assim como os governistas, a oposição também está fazendo um mapeamento diário dos votos.

Além de sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, representantes de movimentos sociais, como o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, participaram do ato. “Esse governo não tem autoridade moral e política para aprovar a reforma da Previdência”, disse o dirigente, cotado para ser o candidato do PSOL à Presidência da República.

Para Boulos, o texto proposto pelo governo não enfrenta os verdadeiros privilegiados do sistema previdenciário, como as cúpulas das Forças Armadas e do Judiciário, esta última criticada por ser beneficiária de generosos auxílios agregados ao salário. “Vai ter mobilização em todo o País, vai ter front de luta aqui na Câmara e nas ruas de todo o Brasil para não deixar aprovar esse retrocesso”, afirmou Boulos.