Aproximadamente 35 mil trabalhadores da construção civil de Curitiba e região metropolitana entrarão em greve na próxima terça-feira. O motivo é a rejeição de uma proposta, apresentada em reuniões entre o empresariado e os trabalhadores, que previa o fechamento de uma Convenção Coletiva de Trabalho.
O documento oferecia 7% de reajuste salarial, que representa a inflação acumulada de 1.º de junho de 2008 a 31 de maio de 2009 (5,44%), mais 1,56% de aumento real, e o mesmo índice para a recomposição do vale-compras, atualmente em R$ 105.
No entanto, na visão dos trabalhadores, a proposta é baixa. A categoria reivindica a reposição da inflação, mais 14% a título de ganho real – referente ao crescimento industrial da construção civil do Paraná no período de 2001 a 2008 – e que não foi repassado aos vencimentos da categoria.
Eles querem ainda, a correção de 20% do vale-alimentação, bem como sua integração no salário. De acordo com o Sindicato da categoria, a greve não tem data prevista para terminar.
Repar/Forfértil
Após 12 dias em greve, anda continua o imbróglio entre os dez mil operários e a administração das 31 empresas que prestam serviços de construção civil para a Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
Depois de várias reuniões, os dois lados não conseguem chegar a um acordo no que diz respeito às propostas apresentadas pelas empresas, que já haviam sido negadas pela classe, e que prevê 6% de reajuste salarial, cesta-básica no valor de R$ 60, abono de um salário para quem está para se aposentar, 30% de adicional de periculosidade e 80% de um salário a título de participação nos lucros e resultados.
A contraproposta dos trabalhadores prevê piso salarial de R$ 897,60; correção salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais 20% de aumento real nos vencimentos, cesta-básica, crédito alimentação, horas-extras com adicional de 100% e 200%, adicional de periculosidade de 30%, ajuda de custo de R$ 450, fim do contrato por obra certa, entre outros. Os trabalhadores afirmam que só irão se reunir com representantes das empresas quando houver uma proposta compatível com o solicitado.