Operadores trabalham à noite no porto

Na noite da última quinta-feira, o pátio de triagem de caminhões do Porto de Paranaguá estava quase lotado, na eminência de formação de fila de caminhões ao longo da BR-277, porque grande parte dos operadores portuários, principalmente os maiores, não possui turnos de trabalhadores à noite. Seguindo ordem de serviço do superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, o chefe do setor de programação, Clauber Angelo Candian, determinou que os caminhões parados, que ocupavam espaço no pátio de triagem, se retirassem, para dar espaço para aqueles cuja carga estava nominada para descarregar na moega do silo público, que opera 24 horas.

?Como num passe de mágica, os operadores começaram a chamar os caminhões e assim, durante a madrugada, mais de 700 veículos descarregaram suas cargas?, disse o diretor empresarial da Appa, Ruy Zibetti.

O diretor elogiou a atitude do engenheiro Clauber e reafirmou que a determinação do superintendente continuará sendo cumprida, durante todo o período de escoamento da safra, que está se intensificando.

Reincidência

Esta não é a primeira vez que a administração portuária age diretamente nas operações de descarga de caminhões. Em março deste ano, quando uma fila de carretas formou-se na BR 277, a Appa foi obrigada a manter contato com os operadores para agilizar o escoamento dos grãos no período noturno.

?Esta prática deveria ser uma constante. Os operadores deveriam seguir a ordem de serviço e manter suas atividades, assim como faz a Appa, durante 24 horas. Mas, o fato de ter que pagar os funcionários que trabalham à noite é, para eles, um empecilho, mas que, para nós compromete toda a cadeia logística?, disse Zibetti.

O diretor destacou, ainda, que as duas ocorrências de filas trazem à tona um outro problema em relação às atividades noturnas dos operadores portuários. ?Constatamos que um operador de grande porte tem apenas 80 funcionários e vinha operando suas cargas no Silo Público com funcionários da Appa, ou seja, nós pagávamos horas-extras no lugar da iniciativa privada. Assim que constatamos este absurdo, imediatamente acabamos com este problema que vinha onerando os cofres públicos e beneficiando a iniciativa privada?, concluiu Zibetti.

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