Operadoras rebatem pesquisa sobre tarifas do pré-pago

As empresas de telefonia celular rebateram hoje pesquisa divulgada pelo Diálogo Regional sobre a Sociedade de Informação (Dirsi) sobre as tarifas para serviços pré-pagos na América Latina e no Caribe. De acordo com a instituição latino-americana, que reúne profissionais que atuam na área, o Brasil tem as maiores tarifas de telefonia celular pré-paga entre os países da região, com custo médio mensal de US$ 45,01 (cerca de R$ 80 pelo câmbio atual). Na Jamaica, onde o custo é o menor da região, a tarifa é de US$ 2,2. Segundo nota do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), o estudo “não considerou dados da realidade brasileira”.

Em nota, o Sinditelebrasil destacou a carga tributária que índice sobre os serviços de telefonia no Brasil, “a mais alta do planeta” e que “acrescenta entre 40% e 63% ao custo dos serviços de telefonia”. De acordo com a entidade, “o brasileiro paga em impostos mais do que o dobro do que paga o latino-americano, cuja tributação é 19,4% em média”.

O Sinditelebrasil argumentou ainda que o estudo do Dirsi considera somente “os preços homologados pelo órgão regulador e não os efetivamente praticados no mercado em pacotes promocionais de minutos do pré-pago”. Na prática, de acordo com a entidade, as promoções reduzem o custo do telefone pré-pago para o consumidor final.

A entidade registrou ainda que a análise do Dirsi não leva em conta “um grande número de clientes que utiliza as redes de sua própria operadora para comunicar-se com pessoas de seu relacionamento (chamadas on net), o que gera grandes descontos no custo dos serviços”.