Pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira de e-business – entidade que pertence à Federação Brasileira de Desenvolvimento Corporativo (Febracorp) – revela que a disputa entre as operadoras de telefonia celular está mais acirrada do que nunca, especialmente no segmento de mercado corporativo. Em um ano, a TIM passou da terceira para a primeira posição em processos de transmissão de dados; as duas principais concorrentes – Vivo e Claro – seguem de perto na disputa.

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A pesquisa ?Panorama da Mobilidade Corporativa no Brasil – Cenário 2006? foi realizada junto a 93 organizações – entre elas, multinacionais como a Shell, Pfizer, Philip Morris, Black & Decker e outras. Conforme o resultado, a TIM foi, em 2006, a principal operadora nos processos de transmissão tanto de dados – utilizada por 35% dos entrevistados – como de voz (29%). Em 2005, a operadora controlada pela Telecom Italia havia ficado na terceira posição em transmissão de dados (com participação de 23,2%) e em segundo lugar em transmissão de voz (27,6%), empatada com a Vivo.

Além da TIM, outros que ganharam espaço de 2005 para 2006 foram a Nextel – cuja participação passou de 9,2% para 16,6% no quesito transmissão de voz e de 5,4% para 6,4% na transmissão de dados – e a Oi, controlada pela Telemar, que não atua no Paraná (de 5,7% para 7,6% em transmissão de voz e de 3,6% para 8,2% em dados).

Por outro lado, a Claro e a Vivo perderam participação no mercado corporativo, segundo pesquisa de e-business. No caso da Claro – que era líder tanto em transmissão de voz quanto de dados em 2005 -, a queda foi mais expressiva. Em transmissão de dados, ela era utilizada por 35,7% das organizações entrevistadas em 2005; um ano depois, caiu para 24,5%. Já na transmissão de voz, passou de 29,9% para 24,8%. Ainda assim, a operadora – controlada pela América Móvil – ocupou no ano passado a segunda posição em transmissão de voz. Já em dados, passou para a terceira posição. ?Estamos com grande foco no mercado corporativo, não só em solução de voz como em dados?, apontou o diretor regional da Claro no Paraná e Santa Catarina, Marcos Takahara. Segundo ele, a operadora não reduziu os investimentos neste segmento. Pelo contrário. ?Em PDAs, aparelhos que agregam dados, crescemos 500% no Brasil no último semestre?, comentou.

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Já a Vivo – controlada pela Telefonica e Portugal Telecom – perdeu participação em transmissão de dados – de 32,1% em 2005 para 25,4% em 2006 – mas ainda assim permanece na segunda posição. Na categoria transmissão de voz, também perdeu espaço – de 27,6% para 22,1% – e agora está na terceira posição. ?Eu questiono a pesquisa ou, no mínimo, a amostra que foi feita?, contestou Agostinho Balbino, diretor-geral da Vivo Empresas. Segundo ele, pesquisa da espanhola PRM mostra que a Vivo detém 37% de market-share no mercado corporativo no Brasil, nos locais onde atua. ?Das cem maiores empresas do setor privado do País, 81 são preferenciais da Vivo Empresas. São mais de 500 linhas por CNPJ?, afirmou o executivo. A Vivo conta com mais de 2 milhões de linhas no mercado corporativo.