As operações com leasing (arrendamento mercantil) avançaram 67,2% em 2008 e, no fim do ano passado, a carteira de crédito dessa modalidade totalizou R$ 106,67 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel). Os novos negócios chegaram a R$ 79,63 bilhões, valor 46,27% superior ao registrado em 2007. Esses dados fazem de 2008 o melhor ano para essa indústria.
Para 2009, a Abel não arrisca previsões. De acordo com o presidente da entidade, Rafael Cardoso, os seis primeiros meses do ano ainda serão influenciados pelas crise internacional. “Dentro de uma projeção mais otimista, acreditamos em recuperação a partir do segundo semestre”, disse ele em nota.
O crescimento acelerado da carteira de leasing no ano passado deve-se, em parte, às mudanças na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foi elevada no início do ano. Com isso, o leasing tornou-se uma opção de menor custo para a aquisição de bens, em especial veículos, em detrimento do Crédito Direto ao Consumidor (CDC).
Perfil
A categoria veículos é a que tem o maior volume de operações de leasing, com uma participação de 88,64%. Em seguida aparecem máquinas e equipamentos (bens de capital), com 8,9%, e equipamentos de informática, com 0,88%. As pessoas físicas são as que mais demandam o arrendamento mercantil, representando 68,86% desse mercado. O setor de serviços responde por 14,09% dessas operações, a indústria por 8,28% e o comércio por 7,4%.
Em relação aos indicadores mais utilizados, 92,09% dos contratos de leasing são prefixados. Os Certificados de Depósito Interbancário (CDI) indexam 6,39% desses contratos; a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), 0,81%; e o dólar, 0,49%.