A Polícia Federal deteve hoje 11 pessoas acusadas de pertencer a uma organização criminosa que obtinha, indevidamente, benefícios de pensão por morte. Batizada de “Operação Vidência”, a ação contou com a participação de 90 policiais em São Paulo, São José dos Campos (SP), Rio de Janeiro, Campos dos Goytacazes (RJ), Recife (PE), Salvador e Goiânia. O prejuízo aos cofres da Previdência Social pode chegar a R$ 32 milhões, sem contar os danos causados a instituições financeiras públicas e privadas.
A quadrilha, de acordo com a PF, atuava em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Distrito Federal e Goiás. Os criminosos confeccionavam documentos falsos, como certidões de casamento, identidades, atestados de óbito e procurações, para solicitar pensões na Previdência Social.
Conforme as investigações, identidades falsas eram criadas e o grupo pagava duas ou três contribuições em nome delas. Isso criava um vínculo com o Regime Geral da Previdência. Em seguida, as pessoas criadas pela quadrilha “morriam”, garantindo a seus dependentes – também inventados – o benefício de pensão por morte. O dinheiro era sacado pelos integrantes da organização. O passo seguinte dos criminosos consistia na obtenção de empréstimos consignados em bancos e financeiras.
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