Operação da PF combate golpes financeiros em Minas

A Polícia Federal de Minas Gerais iniciou esta manhã a Operação Cáften, contra um esquema criminoso em Minas Gerais que aplicava golpes financeiros em bancos, fornecedores, no Fisco estadual e federal. A quadrilha é acusada de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e estelionato judicial, principalmente contra a Justiça do Trabalho.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária, além de mandados de arresto de veículos, imóveis e bloqueio de contas judiciais de pessoas físicas e empresas envolvidas. A PF conta com a participação da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ainda não foram informados o número de presos e os materiais apreendidos.

As investigações tiveram início há cerca de dois anos a partir de depoimento de um ex-integrante da organização, que delatou o funcionamento do esquema. Um empresário, líder da quadrilha e preso preventivamente, atuava nos ramos de informática e cosméticos, criando empresas em nome de laranjas. Após fazerem dívidas com fornecedores, bancos e o Fisco estadual e federal, as empresas eram abandonadas com débitos em aberto.

Em seguida, o empresário abria novas empresas, em nome de outras pessoas, com novo CNPJ. As empresas registravam endereços diferentes ou, em alguns casos, o mesmo endereço do negócio anterior. Como não possuíam capital de giro, elas obtinham empréstimos e financiamentos em nome de terceiros – geralmente empregados sem qualificação das empresas envolvidas. Os empréstimos não eram pagos e os laranjas também eram abandonados, com o nome sujo.

Segundo a PF, desde 1999 foram criadas mais de 70 empresas, restando apenas quatro em atividade. Entre elas existem duas operacionais – possuem sede própria, quadro de empregados e atuam na prestação de serviços ou produção de bens de acordo com seus atos constitutivos. Outras duas são patrimoniais – ou seja, são empresas de fachada, sem atividade, sem sede ou quadro de empregados próprio. As duas operacionais são um escritório de contabilidade e uma empresa de cosméticos, que produz sem registro ou autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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