Nessa grande venda de ativos de bancos públicos, a Caixa tem como principal carta na manga a abertura de capital da Caixa Seguridade, que concentra os negócios de seguros do banco. A expectativa é listar a empresa na B3 com um valor entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. Se vender 25% da companhia, já arrecadará R$ 15 bilhões, o que representaria, em uma única tacada, tudo o que vendeu no ano passado.

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Além da área de seguros, a Caixa trabalha para emplacar a abertura de capital de sua operação de cartões. Em fase mais embrionária, depende do término da reestruturação do negócio. Como a abertura de capital da Caixa Seguridade, prevista para abril, é prioridade, a listagem pode ficar para o segundo semestre, mas corre o risco de sair só em 2021. Na lista de vendas para o ano, a Caixa ainda tem a fatia restante no Pan (ex-Panamericano) e na Alupar, investida do FI-FGTS.

No caso do BB, os holofotes, neste momento, estão voltados para o Votorantim, atual BV. O BB deve vender sua fatia ou parte dela na oferta inicial do banco, que deve movimentar em torno de R$ 5 bilhões, conforme fontes. A operação é esperada para ser anunciada em meados de fevereiro e concretizada em abril. O BB é sócio do Votorantim com fatia de 49,99% e a família Ermírio de Moraes detém 50,01%.

Depois de ter vendido sua fatia na Neoenergia em uma oferta inicial de ações no ano passado, o BB também espera para este ano abrir mão de outros negócios como o BB Americas, sua filial nos Estados Unidos e cujo mandato de venda está nas mãos do Citi. Outro ativo na fila das vendas, mas sem expectativa de anúncio no curto prazo, é a venda da gestora de créditos vencidos, a Ativos, do argentino Patagônia, do qual o BB detém 80,38%. O BB ainda procura um parceiro para a gestora de recursos do banco, a BB DTVM, nos moldes da joint venture que firmou com o suíço UBS, no ano passado, para alavancar sua atuação como banco de investimento.

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O BB também possui participação de 17,5% na Kepler Weber, do setor de agronegócios, e ainda uma fatia no African Export-Import Bank, no Egito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.